Olá, queridos!
Como expliquei semana passada, em comemoração ao aniversário de um ano do Redoma de Cristal, estamos fazendo uma retrospectiva de postagens mais lidas de 2010.
Na primeira semana foram as 10 resenhas.
E neste semana serão as 10 crônicas. Postarei duas por dia.
Não é segredo para o pessoal que acompanha o blog que desde o início ele foi criado com a finalidade de divulgar meus textos, antes de ser um blog literário.
Esta será uma boa oportunidade para a releitura e também para que os novos leitores possam conhecer melhor o meu trabalho. ^^
10º Quando a Fúria e o Amor caminham juntos
Durante a Copa do Mundo, todos os leitores do blog e seguidores do twitter acompanharam a minha divisão, o meu amor dobrado, o meu sofrimento multiplicado. Comecei explanando minha opinião com receio, afinal, o medo de que não entendessem meu amor por um país que nunca visitei, mas que compõe a maior parte do meu sangue, era inevitável.
As palavras foram saindo devagar e quando o Brasil, tristemente, perdeu, o murmúrio pela Fúria tornou-se um grito, um brado.
Entreguei-me ao encanto, colori minhas páginas de vermelho e amarelo.
As palavras agora eram ardentes, recheadas de sentimento, calor e lágrimas.
Palavras que, aliás, não existiriam se não fosse a minha doce e guerreira abuelita espanhola que me deu meus primeiros livros, que me incentivou a ler e a escrever durante as férias em que passava com ela.
Sou quem sou por causa deles. Herdei a doçura e o carinho da minha avó e o impulso questionador e revolucionário de meu avô, ciente de que isso é a maior causa dos meus problemas, mas não me importo porque é o que me proporcionou minha maior realização também. Não reterei meu eu apenas porque esta nação em que vivo não está acostumada com questionadores.
Continue lendo na postagem original…
9º Paradoxos de uma alma escritora
Às vezes, permito-me ficar sozinha com meus personagens, criando novos enredos e ruminando os existentes. É mais uma necessidade do que uma permissão.
Tenho pensado se não sou uma escritora muito complexa, que precisa se esconder para não sufocar. Parece ser tão fácil para tantos outros se exporem aos holofotes.
Enquanto isso, brinco de me esconder e me mostrar. As palavras se agitam no peito e se escondem, recusam-se a sair, deixando-me sem ação.
Talvez seja o excesso de melancolia, talvez seja a necessidade de instantes de introspecção, ou talvez seja eu, apenas eu. Aquela que insiste em fugir das entrelinhas, que tenta não se revelar no que escreve, mas termina por se escancarar em cada frase.
Queria que fosse mais simples, queria levar mais a sério o "poeta é um fingidor", mas aí me lembro de que "ele finge tão completamente, que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente."
Top 10 – As crônicas mais lidas de 2010 – Parte 1
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